Viver sua verdade, seu propósito, sua melhor versão requer muita, muita coragem. E não porque você vai ter que doar todos os seus pertences e passar 7 anos no Tibet. Não, não é isso que eu quero dizer.

Requer muita coragem porque quando você vive o SEU caminho, ele não é exatamente como o de mais ninguém. Claro que tem aspectos da sua vida que vão ser parecidas com o de outras pessoas, mas ninguém vai ter aquela combinação exata de percepções, sentimentos e sensações. Elas são suas, só suas.

E, pra muita gente, você vai passar de egoísta, ingênua ou simplesmente louca mesmo. E, de certa forma, você vai mesmo ser a maluca do pedaço porque afinal você tá rompendo com as normas, você destoa, você não encaixa.

Mas, o que eu te digo pela minha própria experiência, é que antes de conseguir essa coragem toda e construir uma vida baseada na minha intuição, eu já me sentia destoando, eu já não me encaixava.

Eu me sentia sozinha, olhando pra um mundo que não parecia meu. Eu olhava pras estruturas da sociedade à minha volta, as famílias, os casamentos, os empregos e nada parecia fazer muito sentido pra mim.

E quanto mais eu tentava me encaixar, deixando de lado pedaços meus, mais eu desaparecia, menos eu queria falar, mais eu queria sumir.

Eu ia deixando de ser quem eu era e poderia ser, na tentativa frustrada de ser alguma outra coisa mais bege, mais cinza, que incomodava menos.

Mas a verdade, meus amigos, é que eu nasci pra ser amarelo-gema, rosa-choque, e sim, essas cores incomodam às vezes e elas não combinam com todas as outras cores, mas tudo bem.

O que eu sei, estando nessa jornada da verdade por alguns anos agora, é que me permitindo ser a “louca” eu atrai outros loucos pra minha vida, eu construí relacionamentos muito loucos e converso todos os dias sobre loucuras.

A loucura de ser quem a gente é, a loucura de amar sem expectativa, a loucura de viver intensamente o que a gente acredita ser o nosso caminho. A loucura de cair publicamente, de chorar na frente dos outros e dar risada até faltar o ar.

A loucura de me mostrar, de exibir minhas entranhas e correr o risco de ser incompreendida, mas com a certeza de que o que eu faço, por onde eu ando e o que eu falo estão em sintonia, em harmonia, em linha.

E, como diria o Lulu:
Tolice é viver a vida assim
Sem aventura
Deixa ser
Pelo coração
Se é loucura então
Melhor nem ter razão.