Poucos meses atrás eu e o Jú (meu marido) estávamos no Porto, em Portugal, em um dos muitos restaurantes maravilhosos de lá. Mas nesse lugar em especial tinha um garçom super sério, com a cara fechada, atendendo a gente.

Eu que já trabalhei em restaurante durante muito tempo na Austrália, sei muito bem que nem sempre os clientes dão o seu melhor e muitas vezes era eu mesma que atendia as pessoas com mau humor.

Enfim somos todos seres humanos enfrentando as próprias dificuldades, e muitas vezes não conseguimos enxergar muito além disso.

Mas eu e o Jú gostamos de desafiar esta realidade, e a gente sempre tenta tirar pelo menos um sorriso da pessoa.

Conversando, mostrando que a gente está enxergando o outro, dando um elogio, e é muito raro a gente não conseguir transformar a cara franzida em um sorriso.

Não estou dizendo que é nosso papel mudar a vida do outro, já que cada um é responsável pelo seu estado mental, mas é simplesmente uma alegria influenciar o dia de alguém para melhor. E não sei, a gente fica mais feliz com esse desafio de deixar o outro mais leve.

Olhar e realmente enxergar que ali tem alguém igualzinho a você, com seus encantos e desafios, que tem uma mãe e um melhor amigo, e muitas histórias para contar.

Prefiro mil vezes viver em um mundo onde as pessoas – estranhas ou íntimas – valorizam o sorriso do outro.

Prefiro construir uma realidade onde a gente olha nos olhos com carinho. Sem medo.

Afinal, somos todos um só, experimentando essa jornada chamada vida, e um simples gesto de amor pode ressoar bem longe, no bater das asas de uma borboleta, e aqui pertinho, na felicidade de uma pessoa que você viu e conseguiu enxergar.

Quando a gente vê tudo isso, a vida mostra uma grande beleza que a gente não consegue “desver”.

Então vai e sorria, enxergue, respeite, que o mundo inteiro vai te amar de volta.