Se eu for boa aluna, eu vou ser admirada.
Se eu for educada, eu vou ser bem quista.
Se eu for comportada, eu vou ser bem vinda.
Se eu for feminina, eu vou ser desejada.
Se eu for perfeita, eu vou ser amada.
Na tentativa de me encaixar e sentir que não estava sozinha eu fui, ao longo da minha vida, abrindo mão de mim mesma pra agradar aos outros.
Fui aprendendo estratégias secretas e inconscientes pra não ser rejeitada e não acabar abandonada.
Mas ao longo do caminho eu fui me perdendo de mim mesma. Deixei de me conhecer, de me saber, de me entender.
Quem sou eu se não sou totalmente o que querem que eu seja, mas também não sou quem eu quero ser?
Precisei entrar num processo profundo de despertar pra me libertar das minhas próprias amarras, pra aprender a confiar em mim mesma e estabelecer uma relação de intimidade com a minha verdade.
Esse relacionamento se tornou a maior prioridade da minha vida porque finalmente entendi que o único jeito de ser inteira, é ser quem eu sou de verdade. Quem eu posso ser. Quem eu quero ser.
Liberdade, pra mim, não é mais voar alto sem raízes. Liberdade é ser, é brilhar, é me permitir, mesmo imperfeita.
Liberdade é o que eu desejo pra mim e o que eu desejo pra você.
