Por muito tempo eu acreditei que depois de toda felicidade vinha uma fase ruim.
Como se a vida fosse uma roda gigante e a gente sempre fosse pra cima e pra baixo, em ciclo constante em que a fase boa sempre dá lugar a uma fase negativa.
Então, imagina! No meio da minha alegria eu já começava a sofrer imaginando o pior!! E assim eu estragava os momentos felizes, contaminava tudo com o medo.
Pra piorar, a gente vive em uma sociedade que prefere olhar para a escassez do que para a abundância, então não é difícil impregnar a nossa mente com imagens de tragédias e coisas horríveis.
Se meu marido demorava pra chegar, eu já achava que ele tinha morrido.
Quando eu andava de noite na rua, já fantasiava que alguém ia me assaltar, e ficava sofrendo sem motivo.
Era só a minha mente imaginando coisas que não tinham acontecido, mas o sofrimento que isso causava era real.
Na minha jornada de autoconhecimento, eu percebi que tinha esse padrão e comecei a questionar isso.
Percebi que não precisava nem queria criar motivos imaginários pra sofrer, e que essa crença minha não era real.
Não era verdade que eu deveria esperar sempre o pior.
Quando aparecia um pensamento de medo, quando eu estava muito feliz, eu trocava o medo pela gratidão.
Em vez de pensar que a vida não podia melhorar mais e que alguma coisa ruim ia acontecer, eu focava em apreciar o que eu estava vivendo de bom.
Fosse um por do sol na Grécia, um momento de intimidade ou de conquista, meu foco está sempre em agradecer e apreciar.
Foi assim que eu deixei de esperar o pior e a gratidão falou mais alto que o medo.
A vida continua a ter os seus ciclos, mas isso não significa que a gente não pode se entregar pra felicidade quando ela aparece. ❤
