Tem hora que a vida é difícil demais.

Nossa, tem momentos que eu me sinto tão perdida que eu mal consigo me lembrar dos dias em que eu me sentia inspirada.

Tem momentos de tanta solidão que eu mal consigo ver quem está ao meu redor.

Tem dias que até meu corpo se sente fraco, pesado, sem forças.

E não, eu não gosto desses dias.

Eu gosto quando me sinto um holofote potente, cheia de luz e poder.

Mas não sou assim o tempo todo, não tem como ser (pelo menos não descobri o segredo).

Então tenho praticado ficar nessa dor, nesse desconforto – e é horrível porque sou muito treinada a fugir… seja pro celular, pra geladeira, pra cama.

Mas estou aprendendo.

Respiro fundo, deixo as emoções fluírem, pratico não dar bola pros pensamentos.

Exercito a presença, volto pro agora e me sussurro “tudo bem Fê, tô aqui, isso já vai passar”.

E passa. Sempre passa.

E quando passa deixa lições, e eu me abro pra elas, me permito crescer e conhecer uma nova eu ainda mais forte, mais potente, mais confiante.

E a cada ciclo eu percebo que a escuridão tem seu papel, que no contraste eu me aprendo e que, no fim, a única verdade sobre mim é que sou infinita, sou luz, sou movimento e que até a caixinha do “feliz pra sempre” é pequena demais pra mim