Ao longo do caminho eu me perdi de mim mesma. Me lembro de ser adolescente e me perguntar constantemente: “o que aconteceu com aquele menina vibrante, espontânea e corajosa que existia dentro de mim?”.

Eu era nova e não tinha ideia de que ainda seriam muitos anos pra eu me reencontrar comigo mesma novamente. E hoje eu vejo que o que aconteceu foi que eu me convenci, ainda criança, que eu não era boa o suficiente.

Na minha percepção, pra eu ser amada eu tinha que ser perfeita e, como perfeição não existe, cresci acreditando que eu era ‘toda errada’ e que a melhor coisa que eu podia fazer era ser INVISÍVEL.

Eu não queria brilhar. Não queria chamar atenção, ser vista. Isso era a ideia de pesadelo pra mim porque quanto mais olhos na minha direção, mais gente veria o quão ridícula, feia, gorda eu era.

Uau! Como eu queria voltar no tempo pra pegar aquela menininha no colo e falar pra ela com todo o amor do mundo:

VOCÊ NÃO PRECISA SER PERFEITA PRA SE AMAR. Eu te amo do jeito que você é, profunda e completamente.

Demorou 30 anos pra eu despertar e começar a dar pra mim mesma o amor e o reconhecimento que eu rodei o mundo procurando – mas agora eu estou em casa.

Não, não sou plena todos os dias. Mas agora eu sei o caminho de volta pra mim, sei reconhecer a luz que brota da minha essência e dei o título de ‘amor da minha vida’ pra mim mesma.

Eu quero que você desperte também porque eu sei a dor que é carregar essa cisão interna, essa separação da gente com a gente mesma… é angustiante, solitário, devastador. E, por mais que pareça, você não está sozinha.

O que importa não é você chegar num ideal imaginado de perfeição. O importante é você aprender a ouvir sua sabedoria interna, sua intuição, seu coração.

É você se tratar com amor, com gratidão, com respeito porque só assim você vai encontrar o caminho pra sua verdade – e o mundo precisa de luz, o mundo precisa de você