Eu já passei por fase de dormir demais. De cutucar a pele. De ficar ansiosa quase o tempo todo, de me preocupar, criar diálogos imaginários na minha cabeça. De roer unha e estourar plástico bolha que nem uma louca de tanta ansiedade. E confesso que de vez em quando tudo isso volta, sim.

Isso traz alguns problemas – além de ser chato e desgastante – e o pior deles é que a gente não consegue viver o momento presente. A cabeça pensando no que já passou ou no que pode vir não permite que a gente aproveite o agora. Sem viver o agora não há entrega, não há prazer, não tem como a gente se conectar com o nosso Eu maior. Sem o agora, não tem nada. Só um monte de ilusão.

A gente pensa que está resolvendo problemas, mas na verdade a gente só está caçando miragens. Na real, a gente não tem nada além do momento presente. Daqui a pouco, esse momento já passou, e o que parecia ser o futuro, nada mais é do que outro momento presente.

É assim a vida acontece, de agora em agora. Tem um livro incrível chamado O Poder do Agora, do Eckhart Tolle, que explica tudo isso. Ele fala que a gente é viciado em dar atenção pra nossa mente, que são os pensamentos, e que isso é uma distração e um perigo.

Você não é a sua mente. Você é algo muito maior, a essência que mora dentro de você. E essa essência está conectada com todas as outras coisas da criação divina.

Quando eu saquei tudo isso, eu comecei a dar menos atenção aos meus pensamentos e a focar no momento presente. É uma prática constante e eu não vou dizer que é fácil. Com o tempo, a gente começa a entender que nem tudo o que a mente fala precisa ser levado a sério, e que por baixo do turbilhão de pensamentos existe um Eu maior sereno e inabalável.

A meditação é uma das coisas que me ajudam a acessar o agora, mas não é a única maneira. Estar atenta e observar os próprios pensamentos e deixar que eles passem é uma ferramenta muito poderosa. Pra te ajudar nessa prática de presença, eu preparei um passo a passo pra você aprender a meditar neste link (fernandasaad.com/meditacao-guiada).

Começa a observar a sua mente e você vai perceber: você não é ela. Você é muito mais.