APRENDER ESTAR EM CASA, EM MIM

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Essa semana faz 3 anos que eu voltei pro Brasil.

Confesso que eu não faço ideia o quanto essa vontade de estar aqui ia durar… foi bem difícil a adaptação e eu quase voltei correndo pra terra dos cangurus um milhão de vezes.

Eu morei dos 23 aos 34 na Austrália e foram 11 anos que me mudaram absurdamente, estruturalmente, radicalmente.

Eu fui embora porque nunca me senti PARTE aqui no Brasil. Sempre me senti desajustada, estranha, incompreendida. E, por incrível que pareça, foi do outro lado do mundo que eu encontrei o meu lugar.

Então, voltar pro Brasil e estar em casa, mesmo sem me sentir em casa, foi bem profundo e desafiador.

Mexeu de um jeito estranho porque, por fora, tava tudo bem. Família com saúde, todo mundo se dando bem (o que pra uma família que viveu em guerra é um milagre), as coisas fluindo… mas por dentro. Nossa senhora.

A impressão que deu foi que eu voltei com 34 pra lidar com as mil questões que a Fernanda de 23 não tinha condições pra lidar. Questões com a família, com o meu privilégio, com a situação triste do Brasil.

Quem me conhece de perto sabe que eu sempre falo da “Fernanda da Austrália”. De como eu consigo ser uma pessoa diferente lá… mais livre, mais leve, mais solta.

E, realmente, aqui no Brasil eu não consigo mesmo ser essa Fernanda. Aqui eu vejo muita dor, muita injustiça, muita ambivalência e, pra ser sincera, nem sei mais se o caminho seria ser mais leve e feliz.

Acho que esses últimos anos me ensinaram que a verdadeira maturidade, o verdadeiro despertar não é viver num estado de luz e positividade constante.

Estar desperta é também percebemos que vivemos num mundo injusto, desigual, sofrido. E, mesmo assim, conseguir andar acesa, atenta e viva. Se deixar permear pelo belo, pelo mágico, pelo transcendental na mesma proporção que encaramos as questões doídas e complexas da existência.

Quando me propus a estar aqui, aprendi a olhar e receber a minha dor também. Meus lados feios, cinzentos e poluídos como São Paulo. Meu lado complicado, imperfeito, genioso.

Aprender estar em casa no Brasil foi o processo de aprender estar em casa em mim. Não a Fernanda da Austrália, não a Fernanda do Brasil. Simplesmente, uma Fernanda.

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