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Esqueça de ser perfeita
Ah, como eu já quis ser perfeita. Às vezes, eu ainda quero, e me pego procrastinando, esperando pelo momento “certo” de fazer as coisas.
Meu perfeccionismo já chegou a me impedir de fazer coisas que eu queria fazer, e até me impediu de me esforçar ao máximo algumas vezes, só pra não correr o risco de quebrar a cara, de falhar. Que nem quando eu não estudei pra segunda fase do vestibular pra, caso eu não passasse, eu pudesse me dizer: ahh, mas eu nem me esforcei mesmo.
É muito louco como a gente tenta se proteger do fracasso, como se errar fosse uma coisa feia. Como se fosse possível acertar sempre, como se os erros não fossem importantes no nosso aprendizado diário.
É justamente o contrário. Errar é inevitável e (surpresa) errar não é uma coisa ruim, não é uma vergonha. Tudo é perfeito do jeito que é e depende da gente o significado que a gente dá pras nossas experiências.
Hoje eu prefiro abraçar a minha vulnerabilidade e dar a cara a tapa. Pra mim, isso é falar o que eu sinto, é ter canal em YouTube, é empreender, é ajudar as pessoas a construírem vidas melhores mesmo sem ter uma vida perfeita. E principalmente, sem me preocupar em parecer perfeita.
Quero ser eu mesma, o pacote completo de perdas e ganhos, porque é esse o grande favor que todos nós podemos fazer pro mundo: ser autêntico, ser de verdade, e desse jeito impactar o mundo ao redor.
Tem uma autora muito legal que pesquisa e escreve sobre vulnerabilidade, a Brene Brown, e ela fala que todo o nosso poder pessoal depende justamente da nossa capacidade de sermos vulneráveis.
Quando assisti a Ted Talk dela sobre isso eu tava na Rússia e essa palestra foi o estopim pra minha transição profissional. Me marcou demais.
Pra mim, deixar o perfeccionismo de lado e abraçar a minha vulnerabilidade é ser mais livre. É ser bem mais feliz.
Eu espero que você tenha muito sucesso, mas quando não tiver, que você saiba que está tudo bem. Ninguém é perfeito, e tudo bem!