Vira e mexe dá uma angústia, bate um sofrimento e toda a nossa positividade evapora. Parece que os dias felizes foram pura ilusão e que a vida é simplesmente difícil demais.

Por trás das emoções tem sempre o pensamento: isso não deveria estar acontecendo.

A mente diz que tem algo errado, renega o momento presente e automaticamente faz projeções exageradas e pessimistas pro futuro.

Ela esperneia, chora, grita e, em instantes, você tá presa numa situação imaginária e desastrosa. E é aí que você sofre.

Mas acontece que a vida de todo mundo é assim. Tem horas que tá tudo bem, outras que não.

E na hora que o bicho pega é importante não alimentar a resistência. Notar o monólogo da mente (que diz: isso é injusto, porque comigo, não tem mais jeito, ninguém se importa) mas não entrar no drama.

Eu que sou uma montanha-russa ambulante aprendi que não importa o que está acontecendo, vai sempre melhorar.

Mas pra passar mais rápido é importante aceitar que problemas sempre vão acontecer, que nem sempre as coisas acontecem como você quer, que o mundo é mesmo injusto, que nem todo mundo é legal.

Em vez de reclamar, eu procuro lições. Esse mantra me ajuda muito (pode pegar emprestado): se isso tá acontecendo é porque é o melhor que poderia estar acontecendo.

Ele me relembra que a minha visão é limitada, que todos estamos interligados e que existe uma rede de conexão entre os acontecimentos. Eu lembro que minha mente simplesmente não tem a capacidade de entender o movimento da vida que é muito maior que ela.

Aí eu aceito. Não me conformo (porque eu nem sei como faz isso), mas aceito que é aquilo que está acontecendo. Permito minhas emoções e confio que vai passar. Porque sempre passa.

Nesse processo, eu acabei entendendo que ser feliz não quer dizer estar empolgada, alegre e zen o tempo todo. É importante respeitar e honrar nossas emoções, mas ser feliz é entender que sim, nuvens carregadas virão, mas o sol está sempre lá, brilhando.