Antes de ontem foi dia das mães e eu tava lembrando do quão tumultuada minha relação com a minha mãe costumava ser.

Eu sempre esperei muito, cobrei muito, julguei muito – mas eu nem sabia que eu fazia tudo isso.

Por muito tempo eu tive uma imagem fantasiada da minha mãe, como se ela fosse uma espécie de mulher-maravilha que tinha que ser feliz, realizada, entregue, solícita, sensível e forte – tudo ao mesmo tempo.

Esse padrão foi bem prejudicial pra nossa relação, mas foi pra mim também. Como eu esperava tudo isso da minha mãe, eu passei a me cobrar as mesmas coisas.

Até que eu comecei meu processo de reconexão comigo mesma e passei a olhar pra dentro de mim.
Fui aprendendo a me amar, me cuidar e me proteger e, com isso, libertei a minha mãe pra ser quem ela quisesse ser, sem expectativas.

Parei de “esperar” por coisas e comecei a reconhecer e apreciar tudo o que ela faz (e sempre fez) por mim.

Quando eu parei de cobrar, de pesar, ela se aproximou. Eu derrubei meus muros invisíveis e o amor passou a fluir com intensidade entre nós.

Eu sabia que esse reencontro comigo mesma era necessário, mas eu nem imaginava que, com ele, eu fosse transformar profundamente todos os meus relacionamentos.

A busca pela nossa verdade acaba libertando não só a nós mesmos, mas todos ao nosso redor. Como diz o livro Um Curso Em Milagres, nossa principal função não é procurar o amor e sim remover todos os obstáculos que nos impede de acessá-lo dentro de nós.