Eu sempre preferi verão, ainda prefiro. Mas comecei a parar de reclamar da chuva. Pelo contrário, comecei a me entregar a ela, a observar tudo o que vem de bom quando ela vem.

De repente o cheiro da chuva me encantou, também me fascinou a justiça que traz a sua luz, compartilhando sua luminosidade igualmente, sem muitos contrastes. Comecei a me fascinar pela brisa gelada que ela traz mesmo em dias muito quentes.

E mais do que tudo, aprendi a amá-la assim, exatamente como ela é.

Entendi também que me abrir e aprender a amar o tempo nublado não era um favor que eu fazia a ela, já que a chuva, as estações e todo o resto simplesmente são e pouco se importam sobre a minha opinião.

Entendi que aprender a amar e a me entregar ao presente momento era um favor que eu fazia a mim mesma. Era um amor que eu dava a mim mesma já que a chuva vem e vai independentemente das minhas preferências.

A chuva me ensinou que todas as estações (assim como fases da vida) vem com um presente e que se eu me abrir e deixar o julgamento de lado vou entender que esse presente é inteirinho pra mim.