Na busca pela sua melhor versão é muito fácil cair na armadilha de acreditar que você vai chegar em um ponto em que tudo serão flores e que nenhum problema no mundo vai te abalar. Você acaba achando que vai chegar uma hora que você vai conseguir ser positiva, grata, plena e viver o seu “feliz pra sempre”.

Mas isso tá longe de ser a realidade da coisa porque esse ponto não existe, é inventado, fantasiado, assim como a pequena sereia e a bela adormecida.

A sua melhor versão vai continuar perdendo a cabeça, a paciência, oportunidades. Ela vai xingar, ter raiva, ódio mortal. Também vai sofrer, ficar triste e se perguntar – desolada – qual o sentido da vida.

A grande diferença é que sua melhor versão vai saber que tudo isso faz parte da sua complexidade, da sua dualidade humana. Ela sabe que essas emoções são normais e até saudáveis. Ela entende que ter crise existencial e acesso de choro é parte da construção e do processo de se tornar quem verdadeiramente somos.

Você está bem mais perto do que você imagina. É só você parar de ficar entoando o mantra “tem alguma coisa errada comigo”, aceitar que a vida é uma montanha russa e se apaixonar pelo caos, pelo incerto, pelo imprevisível.

Seu papel é aprender a se escutar, a se entender, a se respeitar. É não se julgar, cuidar de você mesma quando estiver nos baixos e celebrar vividamente os seus altos. É acolher todos os pedaços que fazem de você, você e se orgulhar por tudo o que fez e por quão longe chegou.

A única verdade disso tudo é que você não nasceu pra ser perfeita. Você nasceu pra experimentar, aprender, trocar, evoluir. Você está aqui pra sentir a dor da decepção e a alegria das conquistas, sem nunca esquecer do seu verdadeiro valor.

E no fim, meu amor, você nasceu pra ser simplesmente você.