Quando eu era criança meu passatempo favorito era sentar perto da minha mãe e das amigas dela e ficar ali quietinha, só escutando elas conversando.

Aquele círculo de mulheres, uma roda de confissões, com risadas, receitas, lágrimas e queixas me moldaram de uma maneira que só começo a enxergar.

O poder, a energia vital, a força que sinto hoje como mulher nasceu ali com elas, na cozinha, entre rodadas de café filtrado.

Hoje eu vejo que não é coincidência que ao longo da minha vida eu fui formando minha própria roda. Ao longo da minha vida fui colecionando amigas e acabou que na busca por mim mesma eu acabei me encontrando entre elas de novo.

Meu trabalho me trouxe ainda mais companheiras de jornada e cada uma delas vai me mudar um novo pedacinho meu, assim como aquelas mulheres que eu observava atentamente ainda pequena.

Que presente foi ter aprendido desde cedo que somos irmãs, que a caminhada não precisa ser solitária, que nossa conexão vai além das nossas diferenças.

Sou mais forte, mais real, mais completa por causa de vocês. Obrigada a todas as mulheres que direta ou indiretamente me ajudaram a construir quem sou