O quanto você mente pra você mesma? ⠀ O quanto você se engana insistindo que tá tudo bem quando você sente, lá no fundo, que esse caminho – que um dia você mesma escolheu – já não te serve mais? ⠀ Eu mesma já menti muito. ⠀ Menti porque tinha medo de investir numa nova profissão e abandonar um trabalho que me dava estabilidade e segurança. Menti porque não tinha coragem de admitir minhas vontades mais profundas, meus sonhos mais malucos, meus planos mais secretos. ⠀ Menti porque falar a verdade significava me expor, me colocar, me jogar. ⠀ Menti porque precisava encaixar, acomodar, agradar. ⠀ Menti porque eu não confiava, acima de tudo, em mim mesma. ⠀ Até que o preço ficou alto demais, mentir estava custando a minha vida. ⠀ Era necessário falar a verdade se eu quisesse ser inteira, se quisesse ser – de fato – minha. ⠀ O medo nunca deixou de ser um companheiro nessa viagem, mas aprendi que desde que a coragem venha junto, ele pode até ser bem-vindo. ⠀ E foi lá em 2013, quando toda essa reforma íntima começou que li essa frase que marcou e mudou o rumo da minha vida: ⠀ “And the day came when the risk to remain tight in a bud was more painful than the risk it took to blossom.” (e chegou o dia que o risco de permanecer fechada era mais dolorido do que o risco necessário pra desabrochar) Anais Nin. ⠀ Que o seu desabrochar esteja por perto ❤️
