Um dia, minha vida já não fazia mais sentido. Tudo o que eu batalhei tanto pra alcançar já não parecia mais ser o que ia me deixar feliz.
De repente, o que eu sabia já não era o suficiente pra me fazer querer sair da cama, pra me fazer rir, pra me fazer ficar ansiosa pro futuro. Eu não gostava mais do meu futuro, da minha ideia de futuro.
Nesse momento eu precisei de muita coragem, coragem essa que eu nem esperava precisar. Coragem de admitir que o que um dia eu sonhei, o que um dia eu acreditei ser “a” resposta, não era mais do que um passo, do que um degrau pra algo muito maior, algo que eu não sabia o que seria.
Foi necessário ter a coragem de me desfazer do meu chão, do meu teto, das minhas paredes. Foi necessario me reinventar, me redescobrir, me abrir. E foi necessário coragem, muita coragem, tudo de novo.
Coragem de admitir que a vida não estava no meu controle, porque quando eu estava no controle, o controle não me preenchia. Eu precisei me abrir pra confianca. Me jogar sem rede apoio. Contrariar o senso comum. Quebrar paradigmas, perspectivas e crencas.
Quatro anos se passaram. Tudo mudou. Tudo. A cidade, a casa, a profissão. Eu mudei. Eu expandi, eu confiei, eu arrisquei. Me conheci, me encontrei, me descobri.
Eu aprendi que eu posso viajar o mundo, conhecer pessoas e fazer mil cursos, mas que nada, nada disso vai adiantar se eu não estiver conectada à mim mesma. À minha alma, à minha essência.
Tudo começa e termina dentro de mim. E o que eu cultivo, eu reproduzo. E o meu mundo nada mais é do que uma reflexão do que eu penso, do que eu alimento, do que eu acredito.
Dentro de mim existe o mundo, dentro de mim existe o amor, a diversidade, o respeito, a flexibilidade. Dentro de mim existe a abundância, existe paixão, existe aventura, existe expansão. Dentro de mim existem todas as possibilidades, liberdade e conexão.
E fora de mim, também.
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