
Mãe, no dia de hoje, que celebramos a função mais importante do mundo, eu não quero só te dar um feliz dias das mães. Quero aproveitar essa oportunidade pra te pedir perdão.
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Perdão por todas as vezes que eu gritei “eu te odeio” ou “eu não pedi pra nascer” quando eu era adolescente – eu não entendia a importância de limites.
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Perdão pelas minhas expectativas desleais, por tantas vezes ter te cobrado perfeição sem entender que você, além de minha mãe, é mulher, filha, irmã – demorou pra eu entender que você era tão humana quanto eu.
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Perdão por ter sido tão egocêntrica, sempre pedindo mais, precisando mais – eu ainda não sabia me amar e contava com você pra preencher meus próprios vazios.
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Perdão por tantas vezes ter tentado inverter nossos papéis e querer te dizer como viver sua vida – eu tinha a arrogância dos jovens que pensam que sabem tudo.
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Perdão por ter demorado tantos anos pra começar a entender a dimensão da sua generosidade e doação. Por não ser mãe, eu precisei assistir minha melhor amiga desbravar a cansativa e recompensadora jornada da maternidade pra entender o lado da “mãe” e expandir meu olhar de filha.
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Perdão por todas as injustiças e cobranças, todas vieram de uma paixão absoluta pelo primeiro amor da minha vida: você.
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E mãe, brigada por todo o cuidado, amor e acolhimento que você sempre me deu em abundância. Nunca esqueci aquela vez que eu te liguei chorando lá da Austrália e você me disse: filha você pode voltar quando você quiser, seu espaço vai sempre estar aqui.
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Anos depois eu voltei e aqui estou, do seu lado novamente. Mais madura, mais aberta, mais presente, amando meu espaço de filha, de amiga e de parceira.
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Tá sendo maravilhoso ser adulta com você, mãe. Te amo e não quero nunca mais ficar tão longe ?