Não se engane com o meu look ‘desapegado’. Por baixo das tatuagens e carimbos no passaporte existe uma ‘eu’ controladora, preocupada, estressada.
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Minha mente é acelerada e busca respostas pra tudo desde 1983 – nasci querendo entender e fazer sentido de tudo.
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Passei a vida procurando as maneiras mais eficientes de manipular minha realidade na esperança de prever todos os incidentes e me proteger de todos os riscos.
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Mas acontece que não é assim que a vida dança. Não sou eu quem dou as cartas.
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A vida carrega, em si, muito mais mistérios do que eu – humana – sou capaz de compreender.
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Minha tentativa de controle só me faz menor, tensa e recolhida. Ela apaga a minha luz, meu brilho, meu encanto.
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Então, hoje minha maior prática é estar, aceitar e sentir sem julgar, analisar, condenar (não que seja fácil, afinal não foi como me treinei a ser desde cedo).
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Mas é nesse movimento que eu encontro a paz, a poesia, a permanência.
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É quando me permito ser o canal por onde a vida transborda que tudo faz sentido, que me conecto, que me completo, que me encontro.
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Então quando percebo a mente afobada, apegada, desesperada eu respiro fundo e falo com amor:
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– Obrigada por querer me proteger, eu sei que você só quer o meu bem. Mas não precisa se preocupar, você não precisa resolver tudo sozinha.
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Vou mostrando pra mim mesma que sou maior que minha mente, que meu corpo, que meus medos e limitações.
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Vou, passo a passo, me lembrando que sou filha da lua, das estrelas, do oceano.
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Que sou protegida pelo sol, pelo vento, pelo universo.
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Que não preciso ter medo porque eu sou inteira, sou luz, sou infinita na dança maluca e mágica que chamamos de vida ❤
