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Sou a rainha dos altos e baixos – quem me conhece sabe.
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Ontem mesmo estava super chateada. Não porque alguma coisa aconteceu mas porque TUDO aconteceu. Fico triste com a situação do mundo, do país, por causa das diferenças sociais, das famílias que não se falam, dos amores que se acabam.
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Tem horas que a tristeza do mundo todo cai sobre mim e eu não tenho muito o que fazer a não ser chorar e me resguardar.
Dormi, acordei amoada, dei aula e minha energia virou.
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Hoje a noite estava eu cantando Cartola no quarto escuro sentindo toda a beleza do mundo. Tudo fazia sentido. Eu sentia a música, a vibração das notas na minha alma, a esperança de um futuro melhor, a generosidade, a calma, a serenidade.
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Eu sou cíclica, eu sou mutante, eu sou uma montanha russa de emoções.
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Por muito tempo eu achava que esse era um grande defeito e só agora, com 30 e muitos anos, que eu vou percebendo que esse movimento faz parte de mim. E, sim, às vezes dói e incomoda, mas ao mesmo tempo é tão puro, tão cru, tão selvagem.
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Acho que me moldaram demais quando pequena e logo que cresci peguei esse papel de querer me controlar, me domesticar, me transformar em algo ‘menos’ – menos intensa, menos autêntica, menos livre pra ser somente quem eu sou, momento a momento.
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Eu vivo repetindo pras minhas alunas do despertar – você não é fixa, você está em eterna construção.
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Acho que falo muito porque eu mesma preciso me relembrar todos os dias, todas as horas, todos os minutos que eu sou uma e várias a cada instante, que eu sou fluída e avassaladora como a água do mar.
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Essa sou eu – essa dança caótica misturada com a brisa fresca e suave de uma noite de verão.
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Talvez você seja assim como eu. Talvez você já veja a beleza disso tudo ou talvez você ainda se julgue por não ser previsível e de gênio fácil como muitos gostariam.
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Seja lá como for, te peço – de mulher pra mulher – pra que você se abra e aprenda a amar seu gingado natural de viver, a história da sua vida, o seu jeito único de ser.
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Você não tá aqui pra ser perfeita, você tá aqui é pra descobrir, a cada momento, uma nova velha você.
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Um beijo da sua sister,
Fê