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Uma das coisas que eu mais valorizo na vida é a liberdade. Eu acho que isso nasceu comigo, porque sempre fui assim. Mesmo quando era criança, eu só conseguia fazer o que fazia sentido pra mim, e me revoltava quando era pra “fazer isso e pronto”. Eu sempre fui boa aluna porque estudar fazia sentido para mim, mas não aceitava qualquer comando se não achasse que fazia sentido.
Conforme eu cresci, essa rebeldia continuou. Trabalhar só para pagar as contas não fazia sentido, viajar só depois de aposentada não fazia sentido, estar casada nos moldes tradicionais não fazia sentido. Foi assim que eu construí uma vida que me permite trabalhar com o que eu amo e viajar quando quero, e relacionamentos fluidos com a minha família e meus amigos, onde a gente tá criando, com espaços saudáveis entre nós.
Ter liberdade é ter o espaço necessário pra SER. Pra estar conectado com seu Eu maior, ouvir seus chamados e intuições. A partir daí eu amo o outro e dou pra ele a liberdade que eu tanto quero, para que ele também seja quem é de forma plena.
Eu acredito sinceramente que não existe amor sem liberdade. Na hora que você coloca condições, na hora em que você aprisiona o outro, o amor se perde. Deixa de ser sobre o amor e passa a ser sobre os medos e as suas necessidades. Ciúmes, compromisso, fazer coisas por obrigação, tudo isso tira o foco daquilo que é realmente importante, o amor em si.
Quando a gente aprisiona por medo, sem querer, tira o brilho de quem a gente ama. A gente aprisiona porque, no fundo, a gente não se conhece, não se ama e sente que precisa do outro pra ser completo.
Eu sei, deixar o outro livre dá um pouco de medo. E se ele não voltar? Mas a verdade é que a gente não pode perder uma coisa que nunca teve dono. Como diz o livro Um Curso em Milagres: nada real pode ser ameaçado.
É com essa tranquilidade que eu quero viver o amor na minha vida. Sem condições, sem rótulos e sem limites. Para amar sem nunca transformar o amor em uma obrigação.
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